Nasceu na Fidelíssima Cidade de Itu – SP, a 12 de fevereiro de 1902, e faleceu, também em Itu, para onde havia retornado poucos anos antes, em 1978. Começa seus estudos ginasiais no Colégio São Luís, dos jesuítas, ainda em Itu, em 1914. Em 1917, muda-se para São Paulo, quando da transferência da sede do colégio, vindo a concluir o ginasial, em 1919, no Colégio Nossa Senhora do Carmo. Ingressa na Congregação Mariana. Em 1923, forma-se em Filosofia pela Faculdade de São Bento. Em 1928, funda o Centro Monarquista de Cultura Social e Política Pátria Nova, tornando-se, ainda naquele ano, a Ação Imperial Patrianovista Brasileira – AIPB. A 16 de setembro de 1931, funda, com José Corrêa Leite, a Frente Negra Brasileira – FNB. Em 1932, participa da Sociedade de Estudos Políticos, onde entabulou amizade com Plínio Salgado, vindo a se afastar amigavelmente da instituição quando esta se tornou a Ação Integralista Brasileira, de caráter republicano e não confessional católico. Em 1937, o Estado Novo dissolve todos os partidos políticos, entre os quais a AIPB e a FNB. Em 1939, Plínio Salgado é exilado por Getúlio Vargas, passando os próximos seis anos em Portugal. Durante o exílio se aproxima de miguelistas e carlistas, dentre eles Fernando de Aguiar (Portugal) e Francisco Elías de Tejada (Espanha). Através de Plínio Salgado, estes mestres do tradicionalismo iniciarão sua correspondência com Arlindo Veiga dos Santos. Em 1940, torna-se professor de História da América, História do Brasil e Sociologia na Faculdade de Filosofia de São Bento, anexada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Assumiu, pouco depois, o cargo de professor de Filosofia da Faculdade de Filosofia de Campinas, bem como o de professor de Filosofia na Faculdade de Ciências Econômicas do Liceu do Sagrado Coração. Em 1945, com o fim do Estado Novo e a liberação dos partidos políticos, começa a reorganizar o patrianovismo, desta vez com maior influência do carlismo e do miguelismo. Muda-se para Guarulhos – SP. Já na década de 1950, sugere a José Pedro Galvão de Sousa, Francisco Elías de Tejada e Fernando de Aguiar o nome Reconquista para a revista dedicada ao pensamento hispânico, que viria a ser publicada conjuntamente no Brasil, Portugal e Espanha. Desenvolve intensa atividade como conferencista, jornalista, escritor, poeta e tradutor. Em 1960, torna-se professor de inglês do Colégio Anglo-Latino. Membro da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas, do Instituto de Direito Social e da Sociedade Geográfica Brasileira. Sócio de Honra do Círculo Sueco Luso-Brasileiro de Estocolmo.
Segue parte de sua vasta bibliografia: Para a ordem nova (São Paulo: Pátria Nova, 1933); As doutrinas políticas de Farias Brito, de Francisco Elías de Tejada (São Paulo: Edições Leia, 1952; tradução); Maurras, defensor da realidade (São Paulo: Pátria Nova, 1953); Filosofia política de Santo Tomás de Aquino (São Paulo: José Bushatsky, 1954; tradução e comentários); Ideias que marcham no silêncio (São Paulo: Pátria Nova, 1962).
Merece especial menção o livro que lhe dedicou a professora e historiadora Teresa Malatian: O cavaleiro negro: Arlindo Veiga dos Santos e a Frente Negra Brasileira (São Paulo: Alameda, 2015).